sábado, 19 de fevereiro de 2011


BOM ÂNIMO

NÃO ESMOREÇAS

“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu...” (I Pedro,4-10).

“Este o caminho para o necessário burilamento: trabalhar, aprender, sofrer, dar presença e colaboração na Causa do Bem. O amor encerra em si as leis do Universo e tudo que fizermos contra o amor é algo que criamos contra nós mesmos. Aceita, desse modo, no sacrifício a mais alta norma de ação. Não fujas dos encargos que a Sabedoria da Vida te entregou. Acima de tudo, promove-te, servindo mais. O amor ao trabalho confere experiência. A lágrima de aflição acende a luz espiritual.

“Quando a dor te visita, reflete-lhe a mensagem. Não há sofrimento sem significação. Não fosse a prova e ninguém conseguiria entesourar compreensão e discernimento. Nos dias de desacerto, ainda quando te reconheças na sombra do fracasso, levanta-te, reinicia a tarefa e contempla, de novo, a bênção do Sol, na convicção de que o erro superado nos ensina indulgência, amolecendo-nos o coração, a fim de que venhamos a entender e desculpar as faltas possíveis dos semelhantes. Mesmo nas crises que te estrangulam a sensibilidade, sê fiel ao ideal de servir e não esmoreças. Não esperes por descanso externo, quando não tiveres paz dentro de ti. Haja o que houver, não te interrompas, na tarefa em execução, para ouvir o sarcasmo ou censura. Oferece o melhor de ti aos que te compartilham a estrada e, conservando a consciência tranqüila, trabalha sempre, lembrando a cada momento que, assim como o fruto fala da árvore, o serviço é testemunha do servidor.”
Emmanuel (espírito) / psicografia de Chico Xavier
(Do livro CHICO XAVIER- O HOMEM CORAÇÃO)
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EM FUNÇÃO DO AMOR
“Convidado ao banquete do amor, esquece as mágoas e as ofensas, rompe o rol das queixas e dulcifica-te, deixando-te arrastar pelas sugestivas mensagens da ternura. Abre-te a renovação íntima e, por momentos, reflexiona em torno da realidade que te aflige, reconsiderando as posições mental e moral. Refaze a situação em que te encontras no lar, e recompõe a família, ofertando a fórmula do pão nutriente do amor. Na oficina de trabalho, medita em torno da dificuldade dos companheiros e desculpa-os, quando te firam, amando-os mais. Na vida social perceberás os felizes na aparência, que te desprezam sem dar-se conta, todavia possuindo o élan do amor, entenderás que eles estão doentes e tão aflitos, que se não apercebem da gravidade do mal que os mina em silêncio. Na comunidade religiosa a que te filias, gostarias de haurir forças; muitas vezes, porém, descobres, ali, que aqueles companheiros vivem carentes e aflitos, apresentando dramas e amarguras que te causam desencanto. Se estiveres, no entanto, afeito à mensagem do amor, supri-los-ás de alento e te reconfortarás. Eles estão cansados e sofrem da mesma solidão que tu, não sendo diferentes de ti. Em todo lugar, há lugar para o amor. Melhor que sejas tu aquele que ama, irrigando os corações com esse licor poderoso da vida. Ninguém anda e cresce, sem o estímulo do amor. Dirás que também necessitas de receber, criatura sofrida que és. Tens razão, sem embargo, se meditares mais, tu, que conheces Jesus, poderás esquecer de ti mesmo e oferecer, com entusiasmo, o que gostaria de receber. Observa por um instante: A roseira apoiada no estrume transforma o adubo desprezível em perfume que esparze no ar; a semente aprisionada no solo que a esmaga retribui o próprio sofrimento com o verde com que embeleza o chão, transformando-se em árvore frondosa a doar bênçãos; a pedra arrancada a explosivo e trabalhada a martelo, sem queixumes desvela a estátua que lhe dormia inerme na intimidade; o charco abandonado, ao receber a drenagem que o fere, veste-se de vida e se torna abençoado jardim. Ouve a lição sem palavras da laranjeira apedrejada, reproduzindo galhos e abrindo-se em flores que balsamizam o ar... Disputa a honra de amar, aceitando agora o convite que se te faz para que te transformes em vexilário do bem, amando. Jesus, por amor, tudo sofreu, a tudo renunciou, experimentando rudes injunções climatéricas, políticas, sociais e humanas para conferir-nos a honra da liberdade real e plena, que somente através dEle podemos encontrar. Como Deus é Amor, não te esqueças, filho do amor, que gerado pelo bem, a tua é a fatalidade do próprio amor.”

Joanna de Ângelis (espírito) / psicografia de Divaldo Franco
Livro: Otimismo

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