domingo, 19 de junho de 2011

Perdoa!





Perdoa!

Repara a fonte diligente e boa Escravizada 
ao solo em que destila.
Acolhendo, a cantar, doce e tranqüila,
A saliva do charco que a magoa.
Envolvente e translúcida coroa
Que afaga e nutre o coração de argila
Passa ajudando ao chão em que se asila,
Tanto mais pura, quanto mais perdoa...
Como a fonte que olvida toda a ofensa,
Abraça na bondade a luz imensa
Que te guarda, no mundo, a alma sincera.
E, estendendo o perdão por onde fores,
Encontrarás na cruz das próprias dores
A Alegria Divina que te espera...

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