Perdão
“Em 20 minutos, tudo pode mudar!”
- Não é um pensamento terrível?
Assim comentava meu amigo Hernandes sobre uma vinheta que o impressionou.
Ele tinha ouvido isso repetir insistentemente em uma radio.
Logo lembrei de um incidente ocorrido com uma amiga. Pouco antes de sair para o trabalho, ela brigou com o pai. Ao chegar no trabalho, soube que o pai tinha falecido.
Imaginem seu drama: o último contato com o pai nesse encarne foi uma briga!
Na verdade, o ser humano é o único
animal que sabe que irá morrer, mas vive como se fosse viver para
sempre. Não sabe se irá abrir os olhos amanhã, mas faz financiamentos em
20 anos e espera ser feliz quando se aposentar.
Nessa meditação, Emmanuel nos convida a corrigir pequenos desacertos
agora, antes que 20 minutos passem e tudo mude. Antes que vire uma
grande briga ou antes que o desencontro chegue.
Quantas vezes ferimos corações amigos
com palavras impensadas, com gracejos fora de hora, com perguntas ou
comentários inapropriados?
Ocorre com qualquer pessoa, muitas vezes sem maldade alguma.
Bastaria perceber a reação do amigo ou meditar no que foi dito e, percebendo leve traço de mal-estar, solicitar logo o perdão.
- Ah, amigão, sabe aquilo que eu disse naquela hora? Me perdoe! Não foi por mal, não deveria ter dito aquilo.
E quando a cólera nubla nosso pensamento e sai aquela pancada de palavras e ações que nunca faríamos em estado normal?
Ou mesmo aquele conselho infeliz que quer ajudar, mas que critica, magoa e envenena ... A verdade pode ser muito cruel!
Nessas horas, mais que nunca,
pedir perdão é o nosso papel.
Mesmo quando percebemos que tínhamos alguma razão, mesmo quando aparentemente abrimos mão de algum “direito” ou ficamos em alguma “desvantagem”.
Nenhum direito vale mais que uma consciência em paz. Nenhuma vantagem maior do que saber que, se não houve reconciliação, não foi porque eu deixei de tentar.
“Se a consciência te acusa, repara a falta enquanto é cedo.” – recomenda Emmanuel.
Incêndios nascem de centelhas e doenças iniciam em agressões mínimas.
Usemos, sem economizar, o caminho da humildade, o remédio do entendimento e a profilaxia do perdão.
Quantos
crimes e calamidades, divisões e loucuras evitaríamos se todos nós
trabalhássemos nossos pequenos desajustes enquanto ainda pequenos?
“Não hesites rogar desculpas, nem
vaciles apagar-te, a favor da concórdia, com aparente desvantagem
particular, porquanto, na maioria dos casos de incompreensão , em que
nos imaginamos sofrer dores e ser vítimas, os verdadeiros culpados somos
nós mesmos.” (Emmanuel)
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