domingo, 31 de março de 2013

Problemas, Facilidades e Fé


Enquanto o discípulo do Evangelho laborava em dificuldade sob o peso de problemas de variada denominação, amargando enfermidade e dor, afervorava-se na vivência cristã, em cuja trilha encontrava segurança para a marcha e sob cujo amparo lenha as feridas do sentimento estiolado.

Emocionado, deixava-se vencer pelas dúlcidas consolações a fluírem da Boa Nova, penetrando-se de fervor e desejoso por servir com abnegação e renuncia.

Planos de auxílio fraterno enfloresciam sua alma e suas mãos diligentes arregimentavam ações superiores para o exercício da caridade sem mesclas. Nas jornadas de estudos embaía-se de responsabilidade e permitia-se comunicar pelas excelentes diretrizes que se transformavam em roteiro de seguro comportamento.

Jungido à dor possuía a fé.
Paulatinamente modificou-se a paisagem e o discípulo, graças ao labor abençoado, granjeou amizades eternas, lobrigando sensibilizar Benfeitores Desencarnados que interferiram junto aos promotores do progresso humano, modificando, a benefício dele, os mapas provacionais de modo a que fossem atenuados seus débitos e modificada a mecânica da sua luta, objetivando-se mais amplo campo de serviço a bem do próximo.

A saúde recebeu mais expressiva carga de energia positiva, foram tomadas providências no metabolismo orgânico e, a breve tempo, os equipamentos físicos e psíquicos apresentaram-se saudáveis, aquinhoados pela harmonia. Sorriam êxitos e abundavam lucros.

Insensivelmente o discípulo modificou as expressões íntimas do comportamento – Dominado pelos compromissos novos afastou-se da charrua da caridade, tornando-se onzenário, e como o tempo lhe representasse patrimônio monetário que poderia conseguir fez-se faltoso, sob justificativas superficiais até que abandonou em definitivo o labor a que se encontrava ligado por novos deveres a que se submeteu docilmente -

Pela memória, às vezes recordava os dias idos experimentando, é verdade, inusitada nostalgia.
A volúpia dos valores novos, a ambição desmedida, a bajulação da leviandade e o aplauso da fatuidade, embora lhe agradassem à prosápia, não conseguiam preencher-lhe o imenso vazio que vagarosa, porém, seguramente o dominava, terminando por vencer-lhe as resistências.
Enriqueceu e conquistou amigos.

O tempo tomou-lhe a saúde e alterou diversas amizades. O cansaço venceu-lhe a intrepidez e os desenganos terminaram por deixá-lo só – Quando chegou a desencarnação, encontrou-se de consciência atormentada, e conquanto portador de expressiva fortuna econômica partiu da Terra com as mãos vazias.
Amigos e bens não foram além do túmulo, atingiram-lhe apenas e somente os portais de cinza e lama, antes que êle mesmo se adentrasse pela Imortalidade…
*
Diante das dificuldades de qualquer denominação, face aos infortúnios de variada classificação, perante as graves e dolorosas conjunturas, da existência planetária, sob a constrição de qualquer enfermidade ou sofrendo transes afetivos sem nome e sem esperança, não te arrojes ao desespero nem rogues soluções apressadas à Vida -

Tem paciência e sofre confiante.
Tudo passa -
Qualquer situação, como toda a circunstância boa ou má são transitórias pelo caminho da evolução.
Espera e persevera no exercício do bem sem limite, recuperando o passado de sombras e acendendo luzes de esperanças para o futuro.
Quando menos esperes, descobrirás que as dores se foram, as lutas cessaram, mas em paz de consciência estarás livre das conjunturas carnais adejando além das situações dolorosas no rumo da plenitude da paz interior.
*
“Tudo o que com fé pedirdes em vossas orações, haveis de receber”. Mateus: capítulo 21º, versículo 22.
*
“A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis porque não se dobra. FÉ INABALÁVEL SÓ É A QUE PODE ENCARAR DE FRENTE A RAZÃO, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE”. Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo 19º – Item 7, parágrafo 3.

FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 54. 
texto original no link:
http://blog.forumespirita.net/2012/06/18/problemas-facilidades-e-fe/

Recomecemos


"Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho." 
Jesus (Mateus, 9:16)  

 Não conserves lembranças amargas.
Viste o sonho desfeito.
Escutaste a resposta de fel.
Suportaste a deserção dos que mais amas.
Fracassaste no empreendimento.
Colheste abandono.
Padeceste desilusão.
Entretanto, recomeçar é benção na Lei de Deus.
A possibilidade da espiga ressurge na sementeira.
A água, feita vapor, regressa da nuvem
para a riqueza da fonte.
Torna o calor da primavera, na primavera seguinte.
Inflama-se o horizonte, cada manhã,
com o fulgor do Sol, reformando o valor do dia.
Janeiro a Janeiro, renova-se o ano,
oferecendo novo ciclo ao trabalho.
É como se tudo estivesse a dizer:
"Se quiseres, podes recomeçar".
Disse, porém, o Divino Amigo
que ninguém aproveita remendo novo em pano velho.
Desse modo, desfaze-te do imprestável.
Desvencilha-te do inútil.
Esquece os enganos que te assaltaram.
Deita fora as aflições improfícuas.
Recomecemos, pois, qualquer esforço com firmeza,
lembrando-nos, todavia, de que tudo volta,
menos a oportunidade esquecida,
que será sempre uma perda real.

Chico Xavier / Emmanuel (espírito)
"Se quiseres, podes recomeçar."
Abençoada possibilidade do recomeço, 
que nos permite
a renovação e o crescimento!
Renovar-se, sempre!
Pois renovando-nos, a cada dia,
nos envolvemos em energias sempre saudáveis,
isentas de mesmice e de miasmas daninhos.
Não nos referimos a mudanças radicais diárias, 
é claro.
Mas àquelas que nos propomos, diariamente, 
ao acordarmos;
seja na renovação de um sentimento, 
de um modo de agir,
numa postura frente aos demais, 
num sonho a ser alcançado.
É isso que desejamos a cada um - a possibilidade concreta e real da renovação.
Que cada um recomece, a cada manhã,
renascendo para a vida e retribuindo a ela tudo o que de bom ela nos oferece.
E em agindo assim, se sinta mais forte, mais sereno,
mais harmônico e mais bonito.
Que este renascer seja frutífero e prazeroso,
produtivo e feliz.


Feliz Páscoa para você e para todos os seus.
Que juntos possamos renascer, também,
e cada vez mais, para o bem, para o amor e para o belo.
São os nossos sinceros votos.


 
NEECX - Núcleo de Estudos Espíritas Chico Xavier
Rua Batista Caetano, 44 - Praça do Anil - Jacarepaguá - Rio/RJ
 
Texto original do site acima

sábado, 30 de março de 2013

Resista...



“Resista um pouco mais, mesmo que as feridas latejem e que a sua coragem esteja cochilando.
 
Resista mais um minuto e será mais fácil 
resistir aos demais.
 
Resista mais um momento, mesmo que a derrota seja um imã; mesmo que a desilusão caminhe em sua direção.
 
Resista mais um pouco, mesmo que os invejosos digam para você parar; mesmo que a sua esperança esteja no CTI.
 
Resista mais um momento, mesmo que você não possa avistar ainda a linha de chegada; mesmo que as inseguranças brinquem de roda a sua volta.
 
Resista um pouquinho mais, mesmo que a sua vida esteja sendo pesada como a consciência dos insensatos e você se sinta indefeso como um pássaro de asas quebradas.

Resista porque o último instante da madrugada é sempre aquele que puxa a manhã pelo braço e essa manhã, bonita, ensolarada, sem algemas, nascerá para você em breve, desde que você resista.
 
Resista, porque eu estou sentada na arquibancada do tempo torcendo ansiosa para que você resista e ganhe de Deus o troféu que merece: a felicidade.”

quinta-feira, 28 de março de 2013

Alerta...



Isto é um alerta...

A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma.
  • O resfriado escorre quando o corpo não chora.
  • A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
  • O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
  • O diabetes invade quando a solidão dói.
  • O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
  • A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
  • O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
  • A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
  • As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
  • O peito aperta quando o orgulho escraviza.
  • A pressão sobe quando o medo aprisiona.
  • As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.
  • A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
  • Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra.

 E as dores caladas? Como falam em nosso corpo?

*A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção. O caminho para a felicidade não é reto: existem curvas chamadas Equívocos, existem semáforos chamados Amigos, luzes de precaução chamadas Família, e ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão

Um potente motor chamado Amor. Um bom seguro chamado . Abundante combustível chamado Paciência.
Mas principalmente um maravilhoso Condutor chamado DEUS!

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terça-feira, 26 de março de 2013

O PODER DA VONTADE

O PODER DA VONTADE

Querer é poder! O poder da vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos la­tentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei Divina. E é nisso que se verifica a palavra celeste: "A Fé transporta montanhas."

Não é consolador e belo poder dizer: Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade, e agora conheço a grandeza e a força que há em mim. Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus irmãos do Espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; desapegar-me-ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o vôo para os mundos felizes.



Texto retirado do livro: "O Problema do Ser, Do Destino e da Dor" - Léon Denis


Fonte: Blog Magnetismo

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O PODER DA VONTADE


Querer é poder! 
O poder da vontade é ilimitado. 
O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos la­tentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. 
Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei Divina. 
E é nisso que se verifica a palavra celeste: 
"A Fé transporta montanhas."


Não é consolador e belo poder dizer: 
- Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade, e agora conheço a grandeza e a força que há em mim. Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus irmãos do Espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; desapegar-me-ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o vôo para os mundos felizes.




Texto retirado do livro: 
"O Problema do Ser, Do Destino e da Dor" - Léon Denis



Fonte: Blog Magnetismo


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domingo, 24 de março de 2013

Controlai os pesamentos

 
Como reagireis na vida diária quando vos confrontardes com testes para a vossa fé ou com provações? Estais inclinados a ficar em pânico ao pensar nos obstáculos e nos desafios que vos confrontam ou encará-los-á de modo equilibrado?


Como alguém diria, não atravesses a ponte antes de chegar até ela; poderá não ser necessário atravessar essa ponte imaginária! Então, por que vos atormentar com algo que talvez nunca ocorra? a ansiedade no coração nos faz curvar.
Muitas vezes o medo do resultado procrastina a decisão, adiando as coisas até que seja tarde demais, entretanto, muito mais sério é o dano que pode ser causado pela ansiedade.
O Cristo, sendo um espírito evoluído e cheio de graça diante de Deus, nos ensinou que o apreço pelas orientações superiores do Pai Celestial pode ser sufocado pelo poder enganoso das riquezas e pela ansiedade.
Assim como os espinhos podem impedir que as plantas cresçam e produzam frutos, a ansiedade descontrolada pode impedir que tenhamos progressos. Produzamos frutos para o louvor de Deus.
Lembremo-nos que a angústia auto infligida, destrutiva, tem impedido que alguns se dediquem a Deus, todavia, por que nos preocupar com o que vai acontecer se não vivemos à altura a nossa dedicação.
Paulo disse que devemos fazer força para trazer o pensamento ansioso para fazê-lo obediente, como o Cristo o fez; que devemos viver com caráter e coragem. Nunca devemos permitir que as influências negativas da ansiedade controlem os nossos pensamentos, porque, na realidade, o Pai Celestial nos convida a lançar nossos fardos e ansiedades sobre Ele.
Façamos as nossas petições a Deus, por meio do Cristo, cuja paz, que excede a tudo, guardará os nossos corações e as nossas faculdades mentais , e, em resposta às nossas persistentes orações, Deus nos dá a calma íntima que protege a vossa mente para não sermos perturbados pela ansiedade desnecessária.
Para que estejamos em harmonia com nossas orações não devemos nos isolar, confiando no nosso próprio entendimento. Jovens e idosos podem recorrer para obter orientações sobre as decisões a serem tomadas, aqueles que tem o modo de pensar em Deus muitas vezes podem nos ajudar a ver o problema de um outro ângulo e, embora não possam tomar decisões por nos, podem, entretanto, ser uma fonte de apoio.
Ninguém pode negar que lidar com problemas reais nos causa tensão e que isso aumenta as preocupações, entretanto, se a ansiedade nos deixa oprimidos e agitados por causa do que poderia acontecer, recorramos a Deus; recorramos às palavra de sabedoria e ao bom juízo e descobriremos que não importa a situação que estejamos, sempre haverá ajuda.
Portanto, façamos planos para aquilo que podemos esperar e deixemos o inesperado para Deus. Lancemos sobre Ele a nossa ansiedade porque Ele tem caridade de nós.

original do site: http://blog.forumespirita.net/2011/10/19/controlai-os-pensamentos/

sábado, 23 de março de 2013

Antes de a morte chegar, lembre-se ...

"Antes de a morte chegar, lembre-se de uma coisa: é preciso viver o amor antes de a morte acontecer. Do contrário, você terá vivido em vão, e toda a sua vida terá sido fútil, um deserto. Antes de a morte chegar, tenha certeza de que o amor aconteceu. Mas isso só é possível com a verdade.

Portanto, seja verdadeiro. Arrisque tudo pela verdade e nunca arrisque a verdade por nada mais. Deixe que esta seja a lei fundamental: mesmo que eu tenha de sacrificar a mim mesmo, à minha vida, vou fazer esse sacrifício pela verdade; mas a verdade eu não sacrificarei por nada. E você sentirá uma imensa felicidade, uma bênção inimaginável cairá sobre você.

Se você for sincero, tudo o mais se tornará possível. Se você for falso — só uma fachada, uma pintura, um rosto, uma máscara — nada será possível. Porque, com o falso, apenas o falso acontece, e com a verdade, só a verdade."

Osho, em "Intimidade: Como Confiar em Si Mesmo e nos Outros"

Texto completo em: http://bit.ly/arrisque

Imagem por crumpart via Flickr (CC BY-NC 2.0)
"Antes de a morte chegar, lembre-se de uma coisa: é preciso viver o amor antes de a morte acontecer. Do contrário, você terá vivido em vão, e toda a sua vida terá sido fútil, um deserto. Antes de a morte chegar, tenha certeza de que o amor aconteceu. Mas isso só é possível com a verdade.

Portanto, seja verdadeiro. Arrisque tudo pela verdade e nunca arrisque a verdade por nada mais. Deixe que esta seja a lei fundamental: mesmo que eu tenha de sacrificar a mim mesmo, à minha vida, vou fazer esse sacrifício pela verdade; mas a verdade eu não sacrificarei por nada. E você sentirá uma imensa felicidade, uma bênção inimaginável cairá sobre você.

Se você for sincero, tudo o mais se tornará possível. Se você for falso — só uma fachada, uma pintura, um rosto, uma máscara — nada será possível. Porque, com o falso, apenas o falso acontece, e com a verdade, só a verdade."

Osho, em "Intimidade: Como Confiar em Si Mesmo e nos Outros"

Texto completo em: http://bit.ly/arrisque

Imagem por crumpart via Flickr (CC BY-NC 2.0)

quinta-feira, 14 de março de 2013

Aceitar a dor assim como ela é

Primeiro tente entender o que significa a expressão “aceitação daquilo que é”. Buda depende muito dessa expressão.

Na linguagem dele, a palavra é tathata, aceitação daquilo que é. Toda a orientação budista consiste em viver essa palavra, em viver com essa palavra com tamanha profundidade que a palavra desaparece e você se torna a aceitação daquilo que é.

Por exemplo, você fica doente. A atitude de aceitação daquilo que é consiste em aceitar a doença e dizer a si mesmo, “Tal é o caminho do corpo” ou “É assim que as coisas são”. Não lute, não comece a travar uma batalha.

Depois que aceitar, depois que deixar de reclamar e parar de brigar, a energia passa a ser uma só por dentro. A ruptura se desfaz e muita energia passa a ser liberada, pois deixa de haver conflito e a própria liberação da energia passa a ser uma força de cura.

Algo está errado no corpo: relaxe, aceite isso e simplesmente diga para si mesmo, não só com palavras, mas sentindo profundamente: Tal é a natureza das coisas.

O corpo é um conjunto, muitas coisas se combinam nele. O corpo nasce e está propenso a morrer. Trata-se de um mecanismo complexo e há toda a possibilidade de uma coisa ou outra sair errada.

Aceite isso e não se identifique. Quando aceita, você fica acima, você transcende. Quando luta, você desce para o mesmo nível. Aceitação é transcendência. Quando aceita, você fica sobre uma colina e o corpo é deixado para trás.

Você diz, "Sim, tal é a sua natureza. O que nasce tem de morrer e, se tem de morrer, às vezes fica doente. Não é preciso se preocupar tanto" — fale como se isso não estivesse acontecendo com você, só acontecendo no mundo das coisas.

Esta é a beleza: quando não está lutando, você transcende e deixa de ficar no mesmo nível. Essa transcendência torna-se uma força de cura. De repente o corpo começa a mudar.

O mundo das coisas é um fluxo; nada é permanente ali. Não espere permanência! Se esperar permanência neste mundo onde tudo é impermanente, você provocará inquietação.

Nada pode ser para sempre neste mundo; tudo o que pertence a este mundo é momentâneo. Essa é a natureza das coisas, a aceitação daquilo que é.

Se você relutar em aceitar um fato, viverá o tempo todo na dor e no sofrimento. Se aceitá-lo sem nenhuma queixa, não num estado de impotência, mas de compreensão, trata-se de aceitação daquilo que é. Dali em diante você deixa de ficar preocupado e não existe mais problema.

O problema surgiu não por causa do fato, mas porque você não o aceitava da maneira como estava acontecendo. Você queria que ele seguisse os seus pensamentos.

Lembre-se, a vida não vai seguir você, você é que tem de segui-la. Com má vontade ou com alegria, a escolha é sua.

Se você seguir com má vontade, sofrerá. Se segui-la com alegria, você se tornará um buda e a sua vida se tornará um êxtase.

Osho, em "O Livro do Viver e do Morrer: Celebre a Vida e Também a Morte"

terça-feira, 12 de março de 2013

Você é a fonte

Alguém insultou você — a raiva irrompe de repente e você fervilha de raiva. A raiva está fluindo na direção da pessoa que o insultou. Agora você projetará toda essa raiva sobre o outro.

Ele não fez nada. Se insultou você, o que ele fez de fato? Só lhe deu uma alfinetada, ajudou a sua raiva a aflorar — mas a raiva é sua.

O outro não é a fonte; a fonte está sempre dentro de você. O outro está atingindo a fonte, mas, se não houvesse raiva dentro de você, ela não poderia aflorar. Se você bater num buda, só provocará compaixão, porque só existe compaixão dentro dele. A raiva não vai aflorar porque não existe raiva.

Se você jogar um balde num poço vazio, ele voltará vazio. Se jogar um balde num poço cheio de água, ele sairá de lá cheio de água, mas a água será do poço. O balde só a ajudou a vir para fora.

Portanto, a pessoa que o insultou só está jogando um balde em você, e ele sairá de lá cheio de raiva, do ódio ou do fogo que existe em você. Você é a fonte, lembre-se.

Para praticar esta técnica, lembre-se de que você é a fonte de tudo o que projeta sobre os outros. E sempre que sentir uma disposição a favor ou contra, no mesmo instante volte-se para si e busque a fonte de onde o ódio está partindo.

Fique centrado ali; não dê atenção ao objeto. Alguém lhe deu a chance de tomar consciência da sua própria raiva; agradeça-o imediatamente e esqueça-o. Feche os olhos, volte-se para dentro e agora olhe a fonte de onde esse amor ou essa raiva está vindo.

De onde ela vem? Vá para dentro de si mesmo, volte-se para dentro. Você descobrirá ali a fonte, pois a raiva está vindo dali.

O ódio, o amor ou seja o que for, tudo vem da sua fonte. E é fácil encontrar a fonte quando você está com raiva, ou sentindo amor, ou cheio de ódio, porque nesse momento você está quente. É fácil voltar-se para dentro nessa hora.

A fiação está quente e você pode senti-la dentro de você e se guiar pelo calor. E, quando atingir um ponto frio interior, descobrirá de repente uma outra dimensão, um mundo diferente abrindo-se para você. Use a raiva, use o ódio, use o amor para mergulhar em si mesmo.

Um dos maiores mestres zen, Lin Chi, costumava dizer: "Quando eu era jovem, adorava andar de barco. Eu tinha um barquinho e remava sozinho num lago. Eu ficava ali durante horas.
"Uma vez, eu estava no meu barco, de olhos fechados, meditando, numa noite esplêndida. Então um outro barco veio flutuando, trazido pela corrente, e bateu no meu. Meus olhos estavam fechados, então eu pensei. 'Alguém bateu o barco no meu'. Enchi-me de raiva.
Abri os olhos e estava a ponto de vociferar algo para o homem, quando percebi que o barco estava vazio! Então não havia onde descarregar a minha raiva. Em quem eu iria extravasá-la? O barco estava vazio, à deriva no lago e tinha colidido com o meu. Então não havia nada a fazer. Não havia possibilidade de projetar a raiva num barco vazio."
Então Lin Chi continuou: "Eu fechei os olhos. A raiva estava ali. Mas não sabia como extravasar. Eu fechei os olhos simplesmente e flutuei de volta com a raiva. E esse barco vazio tornou-se a minha descoberta. Eu atingi um ponto dentro de mim naquela noite silenciosa. Esse barco vazio foi meu mestre. E, se agora alguém vem me insultar, eu rio e digo: 'Esse barco também está vazio'. Fecho os olhos e mergulho dentro de mim".

Osho, em "Saúde Emocional: Transforme o Medo, a Raiva e o Ciúme em Energia Criativa"